quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Carros Exposição de porsche




Recline-se em sua poltrona e deguste as fotografias deste post como se não houvesse amanhã. Não, você não está no Pebble Beach Concours d’Elegance. Você está ao lado do campo de polo do Hotel Fasano Boa Vista, prestes a descobrir o que rolou em um dos eventos mais bacanas que já vimos no País: a II Exposição de Porsche 356, que reuniu no fim de semana passado (28) o 356 Clube Brasil e o SPPC Brasil para celebrar os 50 anos do 911. Aperte os cintos e gire a chave – à esquerda, claro.



Não é sempre que você vê mais de 100 Porsche juntos – o gramado recebeu 50 modelos 356 e 55 unidades do nine-eleven de todas as gerações, além de mais de 100 automóveis de outras marcas e de épocas diversas, como Ferrari, BMW, Mercedes-Benz e Lamborghini. Que tal nomes como Miura, 250 Testarossa e 300SL para fazer companhia às criações de Butzi e Ferry?

Nós estivemos lá e preparamos uma galeria mais do que caprichada para vocês, com quase 100 fotos – e mais: gravamos uma entrevista com o piloto e advogado Sérgio Magalhães, reconhecido mundialmente como o maior colecionador de Porsche da América Latina. É o vídeo acima, onde você também confere as filmagens que fizemos a quase 50 metros de altura com um drone. Também temos uma notícia bacana para dar: o evento do ano que vem já está confirmado!

Confira abaixo alguns dos principais destaques do evento. As imagens em alta resolução estão na galeria ao pé da página.



Não é à toa que escolhemos o 911 Carrera RS 2.7 1973 para abrir a cobertura: além de ser considerado por muitos como o maior Porsche clássico de todos os tempos, esta unidade pertence ao lote das 14 unidades que foram encomendadas pela Dacon especificamente para o Brasil. Ao contrário do padrão striped off europeu, este lote foi totalmente equipado: teto-solar, vidros elétricos, etc.



Esta miragem também é conhecida como Porsche 935, a versão do 911 turbo preparada para o Grupo 5 da FIA em 1976. Este era um dos carros mais velozes e traiçoeiros da época: em seu primeiro ano, seu turbo gigantesco combinado à injeção mecânica resultava em um lag que era transformado em um murro de concreto em rotações mais altas. A partir de 1977, ele adotou dois turbos e ficou mais progressivo. Com apenas 1,2 bar, seu motor já rendia 550 hp. Com 1,5 bar, mais de 630 hp. As configurações mais radicais geravam quase 800 hp!



O Porsche Turbo S geração 997 foi seguramente um dos carros mais brutais que pude acelerar. Na pista da TRW, em Limeira, tiramos 3,1 s no 0 a 100 km/h, com mais de 1 g de força de aceleração – uma queda livre na horizontal!



Dupla de 356: em primeiro plano, o Carrera 2. Ao fundo, o Carrera GS Cabriolet. A placa “SM – Collection” se refere à coleção de Sérgio Magalhães.



Com um sol de rachar a cuca, sobraram chapéus panamá entre os presentes. Já as luvas de couro serviram mais como decoração. Dica: se você quer luvas bacanas, procure pelas marcas Sermoneta (Itália) e Dunhill (GB).



A italiana Panerai montou um pequeno estande na exposição, que acabou resultando em algumas vendas. Com mais de 150 anos de história, é uma marca mais que tradicional – mas ao mesmo tempo, possui alguns modelos bastante contemporâneos em seu portfólio.



Este é um dos carros mais raros e valiosos da exposição: o 356A Carrera GS Cabriolet 1959. Este carro justifica o nome “cofre do motor”, porque…



…o que temos aqui é o épico motor 4-cam, com quatro comandos de válvulas e dois carburadores duplos. Estamos falando de cerca de 140 cv e a estratosférica rotação de 8.000 rpm. Note os filtros de ar cônicos, ao melhor estilo dos carros de corrida da época.



Alguns 356 expostos na área principal do evento. Prata com interior vermelho segue como uma de nossas combinações favoritas.



Se você achava que o evento só tinha carros originais para concursos, engula isso. Este é um dos projetos mais bacanas que já vimos, inspirado nos monstruosos Singer, mas com algumas modificações para deixá-lo mais discreto. Veja o trabalho de arte feito nos para-lamas.



Se a sua cor Royal Blue veio dos 356, a usina de força veio do outro lado da história: este motor veio de um 911 da geração 993, a última arrefecida a ar. Imagine o que acelera este carro.



Ele ainda está sendo finalizado, o que explica a falta de algumas forrações e acabamentos. Mesmo assim, podemos cravar como o nosso 911 favorito do evento, ao lado do Carrera RS 1973.



Detalhes de acabamento do 356 1955: note as tiras de couro para prevenir a abertura do capô – na década de 1960, os carros de corrida substituíram o couro pelas alças metálicas. A grelha nos faróis era usada para prevenir danos nas lentes.



A maioria dos Porsche clássicos presentes apresentavam estado de conservação e originalidade nível concours. Veja que, apesar da cara clássica, os bancos do 356 tinham toda a pegada de um carro de corrida.



Porsche 911 turbo, também conhecido como 930, um dos carros de rua mais brutais já feitos. A unidade aí em cima é do primeiro ano de fabricação (1975, 260 hp), o que faz dele um colecionável valioso. Seu 0 a 100 km/h é impressionante até hoje: 5,5 s! Note como a sua bitola traseira é larga, para deixar a sua traseira mais controlável – o que também acabava gerando sub-esterço nas entradas de curva.



Silhueta inconfundível. Esta foto foi tirada nas últimas horas do evento, quando o tempo já estava começando a virar. Note as asas de gaivota do 300 SL.



A ausência do teto mata um pouco da silhueta do 356, mas faz da experiência ao volante algo bem mais especial. Os cabriolets fizeram muito sucesso na ensolarada Califórnia, por razões óbvias.



Não acharia nada mal ficar preso em um congestionamento feito de Porsche Carrera da década de 1970…



Este parece ser um 911 Super Carrera do começo da década de 1980, bastante parecido com o 930 – mas note como o para-lamas traseiro é mais estreito que no turbo. Há grandes possibilidades de este modelo ser um Special Weissach Edition – tanto pela cor Platinum Metallic quanto pelo interior em Doric Grey com frisos bordô.



O 914 sempre dividiu opiniões, tanto pelo seu design setentista quanto pela presença do motor quatro cilindros boxer. Mas não se engane: este verdinho é um 914/6, com o mesmo motor boxer seis cilindros do 911 Carrera.



Os fãs das versões mais radicais da geração 997 se esbaldaram com esta dupla: GT3 RS e GT2 RS…



…sem comentários!



O tempero de pista aparece de diversas formas: só pelo reflexo fosco e poroso dos pneus deste Carrera preto, já dá pra saber que ele está calçando pneus-chiclete, daqueles para track days.



Pouco antes da garoa de fim de tarde, o sol se despediu com um céu de baunilha. Cai bem com a salada de frutas composta pelas cores dos 911 da década de 1970.



A tenda do Hotel Fasano Boa Vista serviu como um pequeno oásis no meio de tanto sol.



Como não poderia deixar de ser, além dos relógios havia um espaço para a venda de miniaturas licenciadas.



O Mercedes-Benz 300SL “Gullwing”. Atrás da grade, a traseira de um Jaguar E-Type Series II. Atrás do asas-de-gaivota, um Aston Martin DB3.



Para cair da cadeira: Ferrari 250 Testarossa 1958.



Pra encerrar os nossos destaques, um toque de um dos caras que mais admiramos: Magnus Walker. Quer uma dica bacana? Você consegue comprar estes adesivos na loja on-line do cabeludo. Eu já encomendei dois jogos.

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