domingo, 11 de maio de 2014

Lugares em SP Grafite

São Paulo é uma cidade que não para de mudar. Assim é também a sua arte urbana. Resolvi fazer um apanhado de bons lugares para ver arte na cidade. Esse é um roteiro que eu tenho recomendado a vários estrangeiros, curadores e apaixonados pela arte de rua. Mas, como aqui a transformação é rápida e permanente, tenho também sempre sugerido novidades, que a partir de agora, compartilho com todos os que acompanham o blog.

1. Daniel Melim na Avenida Prestes Maia (em frete à Pinacoteca do Estado). Mural gigantesco, cobre uma área de 40 metros de altura por 30 de largura aproximadamente e foi produzido em 20 dias. O artista usou a técnica do estêncil – talvez esse seja um dos maiores trabalhos já realizados nessa técnica.


2. Mural coletivo da 23 de Maio (Viaduto Julio de Mesquita Filho). Conjunto de intervenções que se estendem por toda a via que liga o Minhocão à Radial Leste e contempla trabalhos de vários artistas famosos, como osgemeos e Nunca entre outros. O mural foi apagado durante a gestão Kassab e logo em seguida repintado, tamanha a reclamação popular.


3. Ramon Martins na fachada do Senac da Rua Scipião, Lapa. O mural foi realizado totalmente freehand, ou seja, o artista não utilizou nenhum recurso de marcação do desenho.


4. Becos do Graffiti na Vila Madalena – série de intervenções urbanas e murais coletivos ocupando o complexo de ruas que seguem o Córrego Verde, curso d’água canalizado e coberto. Existe um projeto de transformação urbana para a área, constituindo um novo parque linear para a cidade. Os dois becos que compõem o complexo (Beco do Batman e Beco do Aprendiz) estão em permanente renovação, mas sempre pode se encontrar trabalhos de artistas, como Speto, Highraff, Pato e Nove entre muitos outros artistas.


5. MAAU, o Museu Aberto de Arte Urbana é uma iniciativa de artistas que foram detidos pela polícia quando pintavam as colunas de sustentação da linha do metrô na Avenida Cruzeiro do Sul, Zona Norte. Com a comoção da população, os artistas foram soltos e conseguiram que a Prefeitura promovesse uma grande transformação urbana no local. Todas as pilastras foram pintadas pelos artistas Binho Ribeiro, Chivitz, Minhau e muitos outros.


6. Parque do Ibirapuera. Além do delicado mural de osgemeos na parede fora do MAM na marquise, outros bonitos murais de Onesto, Carla Barth e outros artistas podem ser encontrados nas paredes de fora do Pavilhão das Culturas Brasileiras e no Museu Afro Brasil. No entorno do Parque na avenida 23 de Maio e na Juscelino Kubtscheck também pode se ver boas intervenções.


7. Invader. O artista francês criou um mapa com as suas internacionalmente famosas colagens de azulejos. O artista já ‘azulejou’ muitas cidades pelo mundo todo e em São Paulo deixou sua marca em cerca de cinquenta pontos no Centro, Paulista, Augusta, Vila Madalena e outros bairros da cidade.


8. Tec. O artista argentino (que está morando atualmente em São Paulo) faz intervenções pintadas no chão, com tinta branca sobre o asfalto escuro. Ele prefere fazer seus grandes desenhos de lagartos nas ladeiras da Pompeia e podem ser avistados de muito longe, mas podem ser encontrados em outras partes da cidade, como Vila Mariana e Pinheiros.


9. Glicério e Liberdade. Rua do Glicério próximo à Barão de Iguape pode-se ver várias intervenções em portas e garagens e muros. Essas intervenções seguem pelas ruas Galvão Bueno, Rua da Glória e todo o bairro da Liberdade. Nessa região concentram-se trabalhos de artistas como Ramon Martins, TitiFreak, Slik e muitos outros.


10. Baixo Augusta. Descer a rua Augusta é uma experiência gratificante para quem gosta da Sticker Art. Mais efêmera que o graffiti, a colagem de pequenos adesivos em postes, lixeiras e outros mobiliários urbanos faz dessa região numa grande exposição colaborativa e mostra da enorme diversidade de artistas e ativistas da linguagem.

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